
Afiado fio de navalha rasga a carne quente
Suja o chão por onde vê-se pegadas
Do fiel carrasco arrastando correntes
Constante é o pingar de gotas densas
Em cada gota jaz uma lembrança
De uma vida pra trás deixada
Deserto, incerto, por que encantas?!
Afiado fio de navalha
Por que é agradável sentir seu corte?!
A tez delicada que tú arranhas
Espera sôfrega a fria morte!
Por que é agradável sentir seu corte?!
A tez delicada que tú arranhas
Espera sôfrega a fria morte!
Queres tomar do último cálice
Para que a celebração seja perfeita
Para assim sorver da derradeira gota
E por fim dar-se por satisfeita...
Paladar acre permeia nos lábios
Fria, brilhante, cortante adaga...
Sem brilho, os olhos, estão distantes...
Óh, afiado fio de navalha!
Nenhum comentário:
Postar um comentário