quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Lilith - Uma poesia


Era ela, linda bela,

"A primeira".

Que em sua face linda, traiçoeira,

Levada foi pelo orgulho do vento

"Virgem, donzela".

Suave brisa do Éden

"Morna, tépida"

Que por tempos amaciou os cabelos úmidos,

da mulher levada a execrar a vida

"Perdida, maldita".

Dos olhos apenas a água.

Das mágoas, as lágrimas.

Do homem somente a lembrança

"Profanada, desonrosa".

De sua boca o sorriso incutido...

"...qual sorriso?"

Esquecido.

Na amante, o perfeito semblante

"Odioso, marcante".

No fraco filho uma arma

"pura, pérfida".

No preferido uma ferida sangrenta, partida.

Outrora em exílio à terra pobre,

"Ignota... Nod",

Com ela os filhos e a geraçãode Adão, a maldição.

E com Caim, seu primeiro aliado vagaram por Nod

"sujos, execrados".

De sua maldição ela fora liberta.

Maligna, singela.

Do homem a vingança jazia completa.

Do Éden, a recordação ausente:

"O veneno... Serpente!

"De Eva, seus filhos amados,

" Amantes involuntários."

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It's Me...

It's Me...
Eis um pouco de minha mente quando devaneio, quando saio de mim e encontro outros lugares ocultos em meu ser tão indecifrável...quando fujo de mim, palavras que fazem fluir a essência de minha alma, desejos secretos e obscuros... Deleitem-se às sombras de minha consciência insana...